Testes mostram que lama de Brumadinho mata e deforma animais

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 Rio Paraopeba tomado pela lama 30dias após rompimento de barragem em Brumadinho Foto: Alexandre Cassinao/Agência O Globo

     Uma investigação de cientistas de universidades e centros de pesquisa do Rio e de São Paulo mostrou que os efetiso do derramaento de rejeito de mineração em Brumadinho (MG) podem causar morte e anormalias em embriões de peixeis. O alerta dos pesquisadores é que as consequências a longo prazo para a saúde humana e animal decorrentes do rompimento da barragem da Vale devem ser acompanhadas com extremo rigor. O estudo inclui dosagem de poluentes, quantificação de micro-organismos potencilamente perigosos e testes ecotoxicológicos.

     Mesmo após ser deluída 6.250 vezes, a lama coletada cinco dias depois da tragédia foi capaz de matar e provocar defeitos graves nos peixes, afirma Mônica Lopes Ferreira, cujo laboratório funciona no Instituto Butantan, em São Paulo.

     Também causou apreensão nos cientistas a elevada concentração de mercúrio, um mteal altamente tóxico. Ele foi encontrado numa concentração pelo menos 720 vezes maior do que o máximo estabelecido como seguro pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) para água da classe 2, como as do Rio Paraopeba. Águas de classe 2 são destinadas ao abastecimento humano após tratamento convencional, à recreação (nadar, mergulhar e lazer), à irrigação de hortaliças e frutas e à pesca.

     A Vale diz que, três meses após o rompimento da barragem, "é possivel avaliar que o rio Paraopeba poderá ser recuperado. Afirmação baseada em quase 900 mil análises da água, solo, rejeitos e sedimentos".

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