Brizola Neto defende direitos trabalhsitas

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 Em entrevista, ministro do Trabalho fala sobre a importãncia de se garantir condições dignas de trabalho e a necessidade de uma ação integrada no Ministério.

   O ministro do Trabalho, brizola Neto, esteve presente na posse do superindentente da SRTE/SP, Carlos Zimmermann Neto, no dia 21 de fevereiro. Na ocasião, o ministro falou sobre a importância da lesgilação trabalhista. "É a veradeira mola propulsora do desemvolvimento do país e garante os direitos do trabalhador brasileiro", afirmou.

   O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS e o Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT, além de garantir direitos, foram citados durante a exposição por também contribuírem para o financiamento de insfraestrutura, tocada pela iniciativa privada. "Vivemos a conciliação dos interesses entre o capital e o trabalho", disse o ministro.

   Brizola Neto ressaltou que o Ministério do Trabalho e Emprego "está atento às relações entre capital e trabalho, percebendo que há um elo mais fraco que precisa ser protegido" - o trabalhador. No final do evento, o ministro respondeu as perguntas dos jornalistas presentes. Os princiepais pontos da entrevista coletiva estão abaixo:

Quais os desafios que se colocam nesse momento do desenvolvimento econômico do país?

   Brizola Neto - É o desafio lançado pela presidente Dilma de garantir competitividade a nossa economia. É fundamental. Nós precisamos desenvolver nossas forças produtivas. Para isso, precisamos garantir a competitividade em nossas empresas. Precisamos superar gargalos produtivos. Resolver aspectos, que têm sido enfrentados pela presidente, como os da macroeconomia, em que se enfrentaram as questões dos juros e se viabilizou a produção no Brasil. Enfrentar nossos problemas de gargalos de logística, de infraestrutura, mas nunca reduzir custos com a redução de direitos e garantias do trabalhador. Porque são os direitos e as garantias do trabalhador, a boa remuneração, o seu pleno emprego, que garantem o funcionamento do estado brasileiro.

Qual a importância da Segurança e Saúde no Trabalho em sua gestão?

   Brizola Neto - Nós avançamos muito no mercado de trabalho brasileiro e sem dúvida este talvez seja o ponto em que temos as maiores dificuldades. Se eu pudesse dizer quais são os dramas do mercado de trabalho brasileiro hoje eu diria que, à frente, estão os acidentes do trabalho e depois, a questão da rotatividade. Nós não podemos iniciar um novo ciclo de desenvolvimento de nossa economia como uma espécie de "moinho de gastar gente". Nós temos que dar garantias aos trabalhadores brasileiros, garantias de saúde e segurança, para que esse novo momento de desenvolvimento contemple a classe trabalhadora. Vamos desenvolver a nossa economia, garantindo condições dignas de trabalho para a classe trabalhadora.

Como o senhor vê a possibilidade de trabalho conjunto entre a Fundacentro e as Superintendências?

   Brizola Neto - A integração é fundamental. Essa foi uma das prioridades de nossa gestão logo que chegamos ao Ministério. fazer com que todos se comunicassem. Integrar as políticas dos diversos órgãos do Ministério. É fundamental a integração da nossa Fundacentro não só com as Superintendências, mas também com todas as secretarias do nosso Ministério, porque as políticas públicas para emprego tem que observar as questões de saúde e segurança no ambiente de trabalho. A nossa fiscalização deve trabalhar em conjunto com as soluções dos estudos que saem de nossa Fundação. Todo o conjunto do Ministério tem que aproveitar as orientações que saem da Fudacentro, que tem um corpo técnico altamnte capacitado eproduz estudos de alta qualidade sobre as questões de Saúde e Segurança no Trabalho.

Como o Ministério do Trabalho acompanha a regulamentação da terceirização?

   Brizola Neto - Esse é um debate que o Ministério do Trabalho acompanha de perto, mas a sua discusssão está fora do Poder executivo. Ela está concentrada na Câmara dos Deputados. Acompanhamos o andar dos projetos, que tratam sobre a regulamentação da terceirização no país com muita atenção, e o seu desenvolvimento na Comissão Especial, que está estudando o tema. Posso falar, como parlamentar da legislatura passada, que esse é um tema que avança a passos lentos, mas que precisa de uma definição. A terceirização não pode ser uma precarização do trabalho. É preciso garantir os direitos dos trabalhadores e se observar a reponsabilidade solidária das empresas. Esse processo tem uma discussão ampla, que envolve interesses divergentes muito fortes, mas é fundamental que avance no Congresso nacional.

Cristiane Reimberg